Professor Associado da Universidade Federal de Rondônia, vinculado ao Departamento de Ciências Sociais, atualmente requisitado pelo Ministério de Direitos Humanos para assessorar o Conselho Nacional de Direitos Humanos. Tem formação na área de Ciência Política (UNICAMP) e é doutor em Planejamento Urbano e Regional pelo IPPUR-UFRJ. Coordena o Grupo de Pesquisa "Territorialidades e Imaginários na Amazônia" na UNIR. Compõe o Programa de Pós-Graduação em História da Amazônia (PPGHAm) e o Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PGDRA). Como membro da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (REBRIP), monitorou a gestão do Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aquífero Guarani - PSAG entre 2005 e 2009, na condição de titular da Unidade de Execução Nacional do Projeto. Como membro da Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais, explicitou a impermeabilidade do processo decisório de grandes projetos de infraestrutura na América do Sul, elencados na Iniciativa de Integração da Infraestrutura Sul-Americana (IIRSA), questionando a lisura dos processos de licenciamento ambiental de grandes Usinas Hidrelétricas na região amazônica brasileira. Identificadas inúmeras lacunas e distorções nesses processos de licenciamento, propôs, em conjunto com pesquisadores da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, a adoção uma nova metodologia de estudos ambientais, a Avaliação de Equidade Ambiental (Relatório Síntese, FASE, 2010). No bojo da PLATAFORMA BNDES, entre 2008 e2013, contribuiu para a criação de um fórum de contestação técnica e social de grandes projetos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para que fossem estabelecidos critérios adicionais à legislação ambiental para receberem financiamento público. Foi justamente o processo decisório do BNDES que se tornou objeto de sua tese de doutorado, defendida em 2015, demonstrando como círculos empresariais e governamentais, em articulação simultânea, condicionam a política de financiamento do Banco. Esta experiência de monitoramento de desastres socioambientais continuados foi articulada às resistências dos povos nos territórios ameaçados e atingidos, por meio de projetos de pesquisa e extensão e ficou registrada em um conjunto de documentários como o "Chamado do Madeira" e "entre a Cheia e o Vazio", de coletâneas como "Conflitos Sociais no Complexo Madeira" (PNCSA-UEA, 2009) e de livros como Capitalismo globalizado e recursos territoriais, pela editora Lamparina, em 2010 e Negociação e acordo ambiental: o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) como forma de tratamento dos conflitos ambientais, publicado pela Fundação Heinrich Böll, em 2014. Entre 2015 e 2018 coordenou programas de extensão nas Comunidades Ribeirinhas do Baixo Madeira procurando fortalecer pertencimentos e territorialidades. Entre 2019 e 2022, coordenou pesquisas sobre a confluência de estratégias empresariais caracterizadas por processos combinados de espoliação e de desmanche de direitos territoriais na Amazônia, o que resultou na publicação de um conjunto de artigos em periódicos científicos e de difusão, bem como na publicação da coletânea Expansión mercantil capitalista y la Amazonía como nueva frontera de recursos en el siglo XXI( CLACSO, 2021). Entre 2021 e 2022 realizou consultoria junto à FAO para subsidiar a implementação de políticas urbanas e territoriais para a consecução da meta do policentrismo urbano. Esta agenda de assessoria, pesquisa e intervenção vem sendo atualizada a partir de novas articulações nacionais e internacionais, provindas de iniciativas da Rede Jubileu Sul, da Rede Brasileira por Justiça Ambiental e da Rede AMAZONICIDADES: Observatório de Cidades, Vilas e Territórios Amazônicos.
Palestrante - UNIR
Palestrante da Mesa Redonda Ecologia Política na Pan Amazônia: aportes teóricos e práticas insurgentes
Núcleo de Meio Ambiente (NUMA)
Mesa Redonda: Ecologia Política na Pan Amazônia: aportes teóricos e práticas insurgentes - 05/09/2025 09:00 - 10:30